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Jornal da Manhã

Congelamento não é saída para alta dos combustíveis, diz ex-presidente da Petrobras


As interferências nos preços dos combustíveis priorizando recursos público revelam uma direção contrária a políticas adotadas no exterior. O ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, indica que a possibilidade de congelar os valores é danosa ao país, especialmente à estatal. Ele lembra que experiências anteriores parecidas nunca deram certo. “No Brasil, temos uma larga experiência com o congelamento de preços no passado e todas elas deram errado. Todas elas deram errado. Os preços acabam explodindo e vem diversas consequências para a economia”, afirmou. Castello Branco afirma que a intervenção traria um severo abalo não apenas para a Petrobras, mas também à sociedade. “No caso da Petrobras, nós temos experiências recentes, a principal delas é de 2011-2014, em que a Petrobras sistematicamente fixou o preços abaixo do mercado, fez uma espécie de "abrasileirou" os preços de combustíveis e o resultado disso, líquido disso, foi uma perda de US$ 40 bilhões. O que significa isso? Foi só a Petrobras que perdeu? Não, perdeu a sociedade como um todo”, completa.

As recentes altas das cotações do petróleo reacenderam as discussões sobre os impactos da commodity no preço do Brasil. As intervenções governamentais resultam em mais custos do que benefícios. A ex-diretora de desestatização do Ministério da Economia e atual diretora-executiva do Instituto Millenium, Marina Helena Santos, fala sobre uma possível solução para evitar distorções. “E a população de baixa renda? E aqueles que dependem disso para sobreviver? Não seria melhor, nesses casos, você dar, por exemplo, um voucher, dar uma ajuda direcionada, ou seja para todos, mas pelo menos com isso você consegue evitar esse tipo de situação”, menciona. O instituto fez um levantamento que aponta que o controle de preços costuma ter custos ficais elevados, desestimula investimentos, gera riscos de desabastecimento, além de incentivar fraudes e corrupção. No Brasil, essa política foi vista frequentemente entre os anos de 2011 e 2014, acarretando em um custo estimado em US$ 40 bilhões.

*Com informações do repórter Daniel Lian

JP

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