Emae é vendida por R$ 1 bi em primeira privatização do atual governo de SP

A estatal Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) foi arrematada, nesta sexta-feira (19), no primeiro leilão de privatização do governador do Estado de São Paulo Tarcísio de Freitas pelo Fundo Phoenix, administrado pela Trustee DTVM, na B3, em São Paulo.

Por Joel Cirilo Barakah em 19/04/2024 às 19:42:55

A estatal Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) foi arrematada, nesta sexta-feira (19), no primeiro leilão de privatização do governador do Estado de São Paulo Tarcísio de Freitas pelo Fundo Phoenix, administrado pela Trustee DTVM, na B3, em São Paulo. O Fundo Phoenix, que tem entre seus cotistas o empresário Nelson Tanure, arrematou a Emae por R$ 1,04 bilhão. Também participaram da disputa a Matrix Energy, ligada à comercializadora Matrix Energia, empresa detida pela DXT International S.A. (50,01%), parte do Grupo Duferco, e por fundos de investimento sob gestão da Prisma Capital (49,99%), e o grupo francês EDF.

Embora seja uma empresa pequena, a privatização da Emae tem grande significado para Tarcísio de Freitas, que consegue avançar com um processo que vinha sendo considerado um teste para a privatização da Sabesp. O vencedor do certame passará a gerir um ativo com 906 megawatts (MW) em geração hidrelétrica suficiente para abastecer 825 mil residências na Grande São Paulo.

O principal ativo da Emae é a hidrelétrica de Henry Borden (889 MW). O portfólio conta ainda com outras três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), oito barragens e duas usinas elevatórias. Inaugurada em 1920 e localizada no pé da Serra do Mar, a empresa também tem papel importante no controle das cheias no Estado, regulando os níveis dos rios Pinheiros e Tietê e ajudando a prevenir alagamentos. Para isso, é feito o bombeamento das águas do rio para o Reservatório Billings.

Outro serviço prestado pela Emae é a travessia por meio de balsa. A empresa transporta diariamente pessoas e veículos nas travessias Bororé, Taquacetuba e João Basso. "Mensalmente, o serviço da Emae realiza uma média de 14 mil viagens e transporta gratuitamente 161 mil passageiros e 158 mil veículos", informou o Governo do Estado.

No ano passado, a Emae teve receita líquida de R$ 603 milhões e valor de mercado, de R$ 2,3 bilhões. Além do governo paulista, participam da composição acionária da estatal a Companhia Metropolitana de São Paulo, a Eletrobras e uma parcela minoritária com outros acionistas. A fatia à venda corresponde às participações do governo e do Metrô, que somam quase 40% da empresa.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: JP

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