Coalizão de 48 empresas firma compromisso contra o racismo no ambiente de trabalho

Por Joel Cirilo Barakah em 25/01/2021 às 21:38:30
Iniciativa foi anunciada no Fórum Econômico Mundial, de Davos, e tem por objetivo conscientizar o alto escalão sobre diversidade racial e ampliar a presença de negros entre as equipes. Em Londres, manifestantes gesticulam e gritam durante um protesto do 'Black Lives Matter' após a morte de George Floyd, nos EUA. Para empresas, discussões sobre racismo se reacenderam em 2020.

Simon Dawson/Reuters

Uma coalizão de 48 multinacionais, dentre as quais Microsoft, Google, Facebook e Coca-Cola, anunciou um compromisso contra o racismo e por mais equidade racial entre os funcionários. A iniciativa foi revelada nesta segunda-feira (25), no Fórum Econômico Mundial.

Chamada "Partnering for Racial Justice in Business" (que se traduz como União pela Justiça Racial nos Negócios), trata-se de um compromisso global de organizações e seus líderes para construir locais de trabalho "equitativos e justos" para profissionais com identidades raciais e étnicas sub-representadas, como diz o documento de divulgação.

"Para projetar locais de trabalho racialmente justos, as empresas devem enfrentar o racismo em um nível sistêmico – abordando tudo, desde a mecânica estrutural e social de suas próprias organizações até o papel que desempenham nas comunidades em que operam e na economia em geral", diz o texto.

As empresas envolvidas somam 5,5 milhões de funcionários em todo o mundo, em 13 diferentes setores produtivos. (Veja a lista completa no fim da reportagem)

O ponto de partida da iniciativa será formatar ações para combater as formas mais evidentes de racismo, mas também o viés subjetivo que faz com que negros sejam preteridos em momentos de promoção ou mesmo de contratação.

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Para justificar como os negros costumam ficar para trás no mundo dos negócios, o documento cita a falta de representatividade no alto comando das maiores empresas do mundo. Houve apenas 15 negros que chegaram a CEO nas empresas da Fortune 500 em mais de 60 anos de existência da lista. Atualmente, apenas 1% das 500 principais empresas tem um CEO negro.

"À medida que a iniciativa evoluir, ela buscará aumentar a visibilidade de líderes racial e etnicamente diversificados em todos os setores e expandir seu foco para incluir grupos raciais e étnicos adicionais", diz a nota.

Isso porque, apesar de focar majoritariamente nos negros, o programa reconhece que a carência de diversidade pode variar de acordo com as minorias marginalizadas de cada país.

Veja as empresas que assinaram o compromisso

A.P. Møller-Maersk

AlixPartners

AstraZeneca

Bank of America

BlackRock

Bloomberg

Boston Consulting Group

Bridgewater Associates

Centene

Cisco Systems

Cognizant

Dentsu International

Deutsche Bank

EY

Facebook

Google

H&M Group

Henry Schein

HP

Infosys

Ingka Group (IKEA)

Jacobs Engineering Group

Jefferson Health

Johnson & Johnson

Kaiser Permanente

Kearney

LinkedIn

ManpowerGroup

Mastercard

Mayo Clinic

McKinsey & Company

Microsoft

Nestlé

PayPal

PepsiCo

Procter & Gamble

PwC

Salesforce

SAP

Standard Chartered Bank

Tata Consultancy Services

The Coca-Cola Company

Depository Trust and Clearing (DTCC)

Thermo Fisher Scientific

Uber Technologies

Unilever

UPS

Willis Towers Watson

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Para justificar como os negros costumam ficar para trás no mundo dos negócios, o documento cita a falta de representatividade no alto comando das maiores empresas do mundo. Houve apenas 15 negros que chegaram a CEO nas empresas da Fortune 500 em mais de 60 anos de existência da i. Atualmente, apenas 1% das 500 principais empresas tem um CEO negro.

Fonte: G1

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